O sucesso de ambientes virtuais fez com que as forças econômicas dos mundos on-line deixassem o lúdico e passaram a ser uma simulação do mundo real.
No Second Life, da Linden Lab’s, a interação com a mercadoria é parte da concepção do mundo simulado, pois qualquer objeto criado pode ser atribuído um valor e o mesmo pode ser negociado por cada usuário, dentro das fronteiras SL.
Afinal o Linden, a moeda utilizada no SL, é diretamente ligada ao real E.U. dólar. Talvez este fato seja também uma das razões por que Second Life é percebido menos como um jogo e mais como um território inexplorado, e tem sido um tema muito discutido nos últimos meses nos meios de comunicação de massa.
Assim o projeto Export to World, apresentado por Linda Kostowski e Sascha Pohflepp, destina-se a comentar ironicamente sobre a concepção e a produção de mercadorias e produtos em mundos virtuais.
A proposta é bem lógica, em vez de o objeto adquirido subitamente aparecer no inventário, local para onde vão e ficam amarzenados todos os bens do comprador, melhor dizendo usuário, aqui porém, o orgulhoso proprietário recebe uma representação bidimensional de papel.
Os produtos teletransportados do virtual para o real, são representações de papel, das representações digitais construidas em SL de objetos reais, e incluindo todas as falhas que implicam neste caso.